Qual o perfil da nossa geração?

27/04/2010 00:00

        

        Em Acuipe desse ano (2010), Marcos Moraes, muito cheio da graça do Senhor, nos trouxe uma palavra muito desafiadora. Por que nossa geração ainda não consegue ser igual àquela de 20 anos atrás? Então ele fez uma comparação entre as gerações.

        A característica marcante da primeira geração era de os jovens serem a parte mais forte da Igreja. Eles que marcavam pra estarem juntos, saíam para proclamar, promoviam comunhão, etc. Eles eram o motor da igreja. Hoje ainda encontramos jovens com esse “pique” da geração passada, mas é uma minoria. A maior parte é diferente, não por que não são discípulos, mas é por não se sentirem desafiados e por não desafiarem ninguém a ser como eles.

Diante dessa situação foram feitas três perguntas:

1 -  A situação não tem que ser essa ou Deus tem isso como plano?

2 -  Quais as causas que levam essa geração a ficar dessa maneira?

3 -  Se descobertas essas causas, é possível corrigir os erros?

1-      Se a nova geração não é melhor do que a primeira, então, isso não é plano de Deus. O que o Senhor quer é que a vida de Cristo multiplique e que as bênçãos cresçam de geração em geração. A glória de Deus tende a aumentar (Rm 5:20).

 “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça.”

 2-      Muita das causas de termos uma geração fraca e acomodada está relacionada com erros paternos, erros da liderança (não discernir bem o tempo e as dificuldades), multiplicação da iniqüidade, dificuldades de um filho de discípulo ter a própria identidade, sem ser um ECO dos pais.

 3-      Sim, é possível. Os erros podem ser corrigidos tanto pela liderança como pelos próprios solteiros. É necessário que haja solteiros comprometidos com a obra e que tomem a responsabilidade pra si.

 

        Quando Marcos tratou disso estava apenas fazendo um comentário pra abrir nossos ouvidos pra o que estava por vir. A oficina de Manoel serviu para complementar o que Marcos queria trazer.

         Nossa geração não conhece uma Igreja cheia do Espírito Santo e que abomina o pecado e as obras das trevas. E não só as obras das trevas, mas tudo aquilo que ocupa nossa mente e nosso coração e toma o lugar do Senhor; que são coisas licitas e necessárias (trabalho, lazer, etc) e que não podem concorrer com o Senhor, pois Deus não divide seu senhorio com mais ninguém (Mt 6:24 e Fp 4:7-8)

        Somos uma geração que, infelizmente, dá muita brecha e trás muito do mundo pra Igreja. Em Tg 4:4 somos alertados a sermos inimigo do mundo (sistema) e em 1 Jo 2:15 a não amá-lo.

        Muitos estão vivendo uma vida religiosa, e essa vida não nos prepara para o agora e nem para o que esta por vir.

Não podemos nos conformar com esse pouco que vivemos. Rm 12:12 – obs: não se conformar com este século como um todo (moda, relacionamentos e até Igreja, etc).

Abaixo estão listados os perfis dessa geração:

1-      Não querem a Deus, são independentes e sabem disso. – Sambalate.

2-      Hipócritas, são aqueles que se enganam e vão atrás do Sambalate. – Tobias.

3-      Parece em tudo com o nº 1, mas a diferença é que ele fica calado. Às vezes tem até temor e não leva ninguém com ele.

4-      Não são influências negativas (Sambalate e Tobias). Não sabem se sua vida na Igreja é por decisão própria ou decisão dos pais. Ficam calados como bomba-relógio e quando se afastam é uma surpresa geral. – Crente Sei-Não.

5-      Tem a mesma duvida que o nº4, não sabem o que são. Ficam como submissos já que os pais estão ali e escondem um coração acomodado. Podem nunca sair da Igreja e também nunca ser nada. – Chuchu 2010 ou Crente tô nem ai!

6-      Gostam de tudo na Igreja: saídas, relacionamento, retiros, não reclamam de nada e com sinceridade. Mas, não tem vida espiritual, não oram, não se envolvem com nada, não têm personalidade própria e são ecos dos pais. Não são problemas na Igreja e também não são a solução. – Pífio. Obs: 5 e 6 são capazes de andar juntos durante um ano todo e não tratarem das coisas do Senhor.

7-      Oram, lêem, se relacionam de forma saudável, são sérios no proceder e agradam os pais. Entretanto são infrutíferos e não estão preocupados. Estão acomodados com sua situação. – Deserto ou Figueira Estéril e Feliz.

8-      São mais nobres que os outros. Já frutificaram ou buscam isso. São uma alegria na Igreja. Contudo, com o passar do tempo podem ter quase que uma inocência ao ponto de acharem que Deus levantou apenas os homens da ultima geração e não se acham capazes de ser uma coluna na Igreja. – Segundo Escalão.

9-      Discípulos com desejo e disposição para continuar o que os pais começaram. – Fiel e Caxias.

 

        E aí. Onde você se encaixa (não precisa responder, apenas medite).

        Deus busca corações humilhados, quebrantados e disponíveis. Devemos nos purificar como o profeta e daí nos disponibilizarmos. Is 6:5-8

        “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos. Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.”

        Deus quer corações disponíveis para o seu inteiro agrado. (Texto auxiliar - 2Cr16:9).
        Falemos ao Senhor: “Eis-me aqui, envia-me a mim!”.

        Temos que buscar cooperar com o Senhor. Quando damos frutos, é como se recebêssemos um carimbo (este agora realmente é discípulo). Mas aquele que não dá fruto é como um ponto de interrogação.

“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” (Jo 15:8)

        Onde está meu desespero e a minha angustia? O não frutificar tem que me levar ao desespero, tem que gerar angustia. Tenho que chorar e clamar para que eu possa frutificar. Jesus não está falando de frutos do espírito no texto de Jo15. Ele está falando de frutos de vidas.

        Eu só preciso me dispor porque o resto quem faz é Deus.

        Temos que ter clareza também de uma coisa muito importante: não é nosso conteúdo que irá converter alguém. Devemos pregar sem limites até acharmos aquele coração que Deus já tem trabalhado. Como iremos achá-lo se não pregamos ou se colocamos barreiras (desculpas)?

         Só iremos frutificar se nos dispusermos para o inteiro agrado do Senhor.

        Confiemos na vontade do Pai, ela é boa, perfeita e agradável.

         Que todos possamos ter o coração do “Caxias”, coração entregue a obra e desafiado. Temos que ser uma geração diferente, que envergonhe a de nossos pais. Devemos puxar a carga e a responsabilidade para nós de buscarmos ser uma Igreja gloriosa, que agrade o coração do Senhor.

Amém

        Caio Torves - Salvador/BA

       Imagem: Alan Roger Dias

Voltar

Pesquisar no site

© Só uma coisa é necessária: olhar para Jesus!